CURIOSIDADES.VOCÊ SABIA???

 Ouro Usado.Práticamente todas as ourivesarias ( lojas de ouro) em Portugal, ostentam em um canto da sua montra ( vitríne ) uma bandeja com as peças de ouro usado que disponham para vender.O motivo, é que por já ter sido vendido uma vez, o imposto de fabricação já foi cobrado e não o pode ser feito outra vez.Essas peças usadas são em geral, provenientes de trocas, quando se dá uma de valor mais baixo para se adquirir outra de maior valor.

 Em muitas cidades  portuguêsas como Coimbra, anda existem murais públicos de avisos.Este apesar de sujo, informa que uma senhora bateu as botas e foi prestar contas a Deus.

 Em muitas cidades lusas onde à noite a temperatura cai muito, como Lisboa, Aveiro e outras é comum instalarem-se nas esplanadas( calçadas )  diversos tipos de artefato que visam diminuír o frio, ou aquecer o ambiente ainda que externo, tornando-o mais acolhedor para a pessoa que deseja sentar-se e " comer um pestisco"Pode-se ver tambem nas cadeiras de chapa, o cuidado em ter uma almofada de forma a minimizar os efeitos do " choque térmico traseiral" dos utentes ( usuários ) heheheheeh

 Este é o antigo Plácio dos Moínhos de Maré. Construído sobre as águas da Ria de Aveiro, os canais que se vêem serviam para que as águas empurradas pela corrente marinha segundo os regimes da maré, ali passassem e com isso, movimentassem engrenagens que faziam rodar a pedra de mó ( pedra movél que rodava sobre outra igual mas fixa e que servia para moer todo o tipo de cereais ), fazendo-se assim as farinhas de trigo, milho, centeio e cevada com que se elabora grande parte da padaria e doçaria ( doceria) portuguêsa.

Esses mecanismos detinham uma precisão tão grande, que era possível obter farinha grossa, farinha média e farinha fina, segundo a conveniência do freguês.

 Esta planta, é chamada aqui de Papa Moscas.É o " sonho de todo o garoto de 5 ou 6 anos ( pelo menos era quando fui garoto no século passado) hahahahaha. A planta produz e exala um aroma que atraí a moscas para dentro do " copo " que é o corpo da própria flôr e quando a mosca entra a parte superior ( tampa ) se fecha rápidamente impedindo a mosca de sair. Então , se dá o banquete de mosca burra ao molho. hehehehe

 A cortiça,é um dos mais  importantes produtos de exportação portuguêsa  e um dos pilares da economia do Alentejo por onde passámos há poucos dias.Para quem pensa que a cortiça serve apenas para fazer rolhas de bons e maus vinhos, mostra-se aqui que dela se fazem sapatos de salto alto, botas, além de carteiras, bonés, chapéus, enfim uma inifinidade impensável de artigos feitos com este importantíssimo e versátil produto.

 Na foto, Amor faz amizade com uma Tricana. A Tricana é uma figura mítica de Coimbra.Figura muito presente na literatura lusa, a Tricana  é a mulher que, vestida típicamente, ia ao Mondego.( Rio Mondego que banha a cidade) e , numa bilha ( espécie de pote de origem romana, confeccionada em barro e usada para transportar e manter a água fresca) levava água fresca pelas colinas acima , vendendo-a de copo em copo, de porta em porta.
Para quem já ouviu o Fado Hilário, musica legenda da Universidade, conhecerá uma referência à Tricana. Diz
" Tricana da minha vida, aí, se à noite, eu for à Lapa ( patio de facu) Hei-de levarte escondida...Debaixo da minha capa. Aiiiiii O Hilário disse um dia. Ninguem, mais será formado...Quando a velha Academia aiiii.Deixar de cantar o fado.

 A casa de Zeca Afonso.Uma espécie de Chico Buarque em Portugal, com quem aliás já trocou letras e músicas ainda na época das respectivas ditaduras.

Zeca Afonso é autor da música Grândola ( cidade do Alententejo símbolo da luta agrária) Vila Morena.Esta música estava proíbida pelo Governo da Ditadura, na década de 70 e foi escolhida pelos militares, como " senha" para deflagrar o Movimento do 25 de Abril, em 1974, que derrubou a ditadura e ficou conhecido como A Revolução dos Cravos.

 Diz " Grândola Vila Morena.Terra da Fraternidade. O Povo é quem mais ordena.Dentro de ti o Cidade. É uma música que, ainda que  de cunho político esquerdista , é carregada de significado político, social e histórico.
Bem, como eu optei por postar o vídeo, cabe mais uma explicação. O som que se escuta bem no início do clip, é produzido pelo caminhar de uma brigada ( grupo) de trabalhadores que ia para os seus afazeres no campo. Nessa época, ( anos 70 ) era comum os trabalhadores usarem pregos de cabela redonda alta ( um tipo de tachinha) chamada de Cardo. O objetivo era que se gastassem essas cabeças de prego e não o solado de couro das botas. Gastos os Cardos, se trocavam por outros novos mantendo-se intactas as botas que duravam assim, por anos.

 

 

 

 

 

 Candeeiro.Este instrumento, foi durante muitos anos, principalmente os da primeira e segunda grande guerras, o único meio de iluminação disponível nas casas das famílias de classe média para cima. A parte inferior, sempre metálica, servia de reservatório para um  combustível, sucedâneo do petróleo ( petrôleo refinado tipo um querozene).Na parte central, enrolava-se uma tira de um tecido grosso de algodão, que, mergulhada no líquído, permitia a sua queima e mantinha uma chama que , aumentada pela cúpula de vidro que funcionava como lente, iluminava os ambientes caseiros. Quanto maior fosse o comprimento da tira de algodão exposta e fora do bocal, mais  forte seria a luminosidade obtida, tendo-se assim um resultado de um verdadeiro dimmer, que permitia luz de alta intensidade  ou simplesmente uma penumbra.

 Para quem afirme que o fado é algo típico de português, pode até  o  ser  agora, mas há controvésias se sempre o foi.

Estudante de Coimbra sempre inventa.. Não há referências sobre quando e porquê surgiu, mas já não é tão nova a moda de transformas as velhas calças jeans em originais vasos de plantas pendurados às grades das janelas.